data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
O maior surto de toxoplasmose do mundo, documentado e registrado, é de Santa Maria. Em abril de 2018, autoridades de saúde reconheceram o problema. De lá pra cá, foram mais de 900 casos confirmados entre os mais de 2,2 mil notificados, sem dizer de mais de uma dezena de abortos em decorrência da doença. E há os que terão de viver com as sequelas do surto.
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À época, o prefeito Pozzobom minimizou e disse que não era para tanto. Depois, voltou atrás e reconheceu a dimensão do problema. Buscou recursos junto aos governos federal e estadual e montou uma força-tarefa da rede municipal de saúde para atender a população. O surto não é culpa do governo, poderia ter ocorrido em qualquer administração e, mais, do partido que fosse.
Reunião discutirá laudo que aponta presença de protozoário da toxoplasmose na água
LAUDO
Acontece que, agora, há um laudo, contratado junto ao Laboratório de Doenças Parasitárias da UFSM, que aponta para a existência de fragmentos do que seria o transmissor da toxoplasmose inclusive em barragens que abastecem o município. O teor, até aqui, é desconhecido e deve ser detalhado só na segunda-feira.
Laudo atesta fragmentos de protozoário de toxoplasmose em amostras de água
APRENDIZADO
Não se pode reter uma informação dessas. É preciso divulgá-la, de forma responsável, para não se ter histeria. Lembremos que, em 2018, um documento da prefeitura vazou, nas redes sociais, ao trazer uma "situação epidêmica de toxoplasmose no município". O que gerou pânico. Algo evitável, se a prefeitura não tivesse hesitado em abrir o tema à sociedade.
Uma resposta, agora, pode descartar ou acenar para o cenário que for. Até porque a demora dá margem para fazer relações - seja por ignorância ou má-fé - com os casos de infecção intestinal, que mataram duas crianças, no mês passado. Situações distintas e que em nada se relacionam, mas que em tempos de fake news tomam proporções irreparáveis.